Decidida a voltar, chamei pelo mar e, deitada sobre as suas asas, mergulhei novamente.
Nunca almejei tanto aquele lugar e, por saber que poderia reviver cada momento passado, iniciei a minha segunda viagem sem receios e em plena felicidade.
Mas todo o gáudio se foi desvanecendo e uma súbita angústia apoderou-se de mim. Estava tudo tão diferente. As mais belas águas que conheci mostravam-se agora frias e sombrias, não exibiam um ponto de luz.
- O que terá acontecido? – Perguntei-me.
Continuei a minha procura mas não auferi sucesso. Triste e desiludida, não quis mais conhecer um escasso que fosse daquele estranho mundo e desta vez, sem que fosse obrigada, fui devolvida à terra.
Sentada à beira-mar, aquela terrível experiência revelou-se num pranto. Foi muito mais simples e natural acreditar na utopia do que aceitar que tudo não passava disso mesmo.