Entre os ruídos de uma frenética multidão, num espaço tão efémero como é a vida, eu. Entre os atropelos da agitação, entre os mais risos que choros, estou eu, sozinha. Passam por mim como se de um ser invisível me tratasse, demonstrando o companheirismo, a amizade que lhes formam os laços, esquecendo que um dia também eu ali pertenci.
O estranho está na minha estagnação e na correria que me passa ao lado. Confidencio que esta minha invisibilidade sem impacto me preocupa. Estarei eu a desperdiçar tempo e oportunidades? Em alturas também corri. Corri com uma mão entrelaçada na minha. Mas acabou por deslizar e nem o ar angustiante a demoveu. Perdi-a no meio da multidão.
Será medo de arriscar?
Estou cansada de tantos choques e empurrões. Quero mesmo voltar a caminhar na direcção comum mas tudo seria mais elementar se voltasse a ter uma mão que, num puxão, me fizesse dar os primeiros passos.
2 comentários:
Obrigada pelo convite, assim não teria conhecido este espaço, adorei o que li e revejo-me em todos eles... é muito bom... deste lado desejo-te toda a força e coragem única na mulher, no ser que ilumina na simples passagem... coragem para crescer e evoluir e transportar todos so sentimentos, o mais sublime- o amor, mas o mais dificil de compreeender...e aceitar... pode levar uma vida.
Um grande abraço,
Carla
Temos que continuar a caminhar..
Sera que em determinado tempo tratamos aqueles que caminhavamos ao nosso lado com invisibilidade tbm?
Talvez isso torne a despedida mais facil..
Continuar a caminhar..
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